Trunstral
vive em algum lugar na cidade, deixando a administração
de sua mansão de quartos para alugar
para um aventureiro aposentado temível,
de muitas cicatrizes e robusto – com 2,13
metros de altura e ombros de um metro de largura
– chamado Gorith Harsimmur (LN humano
Guerreiro 7/Ranger 17), que habita um apartamento
simples, logo após a porta de entrada
com adorno de sentinela da Casa de Repouso de
Trunstral.
Para o povo de Lua Argêntea interessado
em ter uma porta lunar instalada, Narmathros
o Artífice (CB humano Feiticeiro 2/Especialista
6), cuja casa e loja ficam lado a lado na Alameda
Martelo do Vento, é largamente reputado
como o melhor construtor de portas lunares (e
conhecedor de portas secretas e olhos mágicos).
Sua empresa de carpinteiros, limadores e envernizadores
qualificados está sempre ocupada remodelando
interiores por toda Lua Argêntea. A menos
que o cliente esteja preparado para esperar
pelo menos um mês, seus serviços
podem ser muito caros (patrocinadores apressados
pagam o dobro ou o triplo para contratar Amnor
Narmathros e seus trabalhadores e “pularem”
o próximo da lista de encomendas).
Lilleth Lalantra (CN humana Especialista 4)
é a única entre os outros entalhadores
de Lua Argêntea considerada próxima
em habilidade a Narmathros. Ela é uma
carpinteira tímida, quieta e bela, que
especializou-se em pequenas portas lunares,
como os tipos do tamanho de dois polegares que
permitem o acesso a uma fechadura, uma chave
escondida, uma fenda para moedas ou caixa para
deixar mensagens. Os clientes que procuraram
tirar vantagem de Lilleth – e alguns são
realmente tolos para tentar – são
avisados que a pele de cobra no ombro do seu
manto não é um mero adorno: é
a posição de descanso em meio
ao tecido de uma cobra voadora (ver Races
of Faerûn), que possui o nome de
Reeme. Reeme é uma companheira leal,
mais do que um animal de estimação,
e salta para proteger Lilleth se a humana parecer
acuada ou ameaçada, ou quando ela chama
por ajuda. Lilleth trabalha devagar, mas faz
menos bagunça que os outros carpinteiros,
limpando tudo a medida em que trabalha. Ela
é conhecida pelo detalhes intrincados
e pequenos de seus acabamentos.
Para aqueles que desejam portas lunares mais
simples e rústicas (portas óbvias
nos painéis inferiores das portas maiores),
Lua Argêntea mantém uma dúzia
de pessoas que podem fazer um trabalho útil
e rápido. Ao menos um deles é
considerado um agente Harpista, e vários
devem reportar sobre todo trabalho que fazem
a certos cortesões de Lua Argêntea
(por conta de uma sentença emitida para
eles por Alustriel) – ficando assim os
clientes avisados que o pedido de uma porta
lunar raramente é mantido como um assunto
secreto.
Muitos cidadãos mais velhos de Lua Argêntea
lembram-se de eventos dramáticos ou divertidos
envolvendo portas lunares. Um deles diz respeito
a Companhia da Espada Quebrada, um bando de
aventureiros de Cormyr hoje extinto, que veio
para Lua Argêntea para rastrear “tesouros
a muito escondidos”, sobre os quais encontraram
registros em uma cela de uma mansão nobre
em Suzail. A Companhia prontamente encontrou
a mansão descrita nos registros, mas
um grupo secreto e muito hostil de feiticeiros
que se chamavam “A Esfera na Mão”
a ocupava. Ataques de guardas contratados, monstros
convocados e feitiços mortais foram as
respostas a cada tentativa da Companhia de conseguir
entrar no lugar ou negociar com os feiticeiros
da Esfera.
Em uma audaciosa investida, os ladinos da Companhia
descobriram uma porta lunar na entrada lateral
da mansão e conceberam um plano de iniciar
um falso incêndio (arremessando uma bastão
de fumaça por uma janela como distração
após o anoitecer), enquanto um ladino,
magicamente diminuído, entraria na porta
lunar para procurar a câmara detalhada
nos registros.
Quando este artifício foi tentado, o
reduzido ladino da Companhia foi seriamente
ferido ao passar pela porta lunar. Ele foi encantado
por algum feitiço de dissipar magia
que estava ativo. Retornando ao seu tamanho
normal, o ladino despedaçou a porta,
mas teve muitos ossos quebrados quando fez isto.
Os membros da Companhia correram para resgatar
o amigo e foram atingidos por cobras catapultadas
na direção de seus rostos por
um adorno em uma porta lunar lacrada. Os feiticeiros
da Esfera abriram neste intervalo portas lunares
em outras portas e saíram nas bandeiras
das janelas de sua mansão em forma
fantasmagórica para ver quem estava
atacando – e um mago da Companhia lançou
mortais explosões elétricas (um
feitiço criado por ele mesmo) através
de todas as portas lunares, causando um banho
de sangue.
Outra história envolve uma seqüência
de portas lunares espalhadas por toda a cidade,
encantadas para agirem como uma série
de portais – somente em algumas noites
de lua durante o ano – permitindo aqueles
que sabem como usá-las “pularem”
rapidamente de lugar para lugar.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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